Em Capão, Imprensa do Litoral Norte conhece etapas do tratamento de esgoto realizado pela Corsan 5a2c4w

Jornal A FOLHA Torres esteve presente no evento ‘Portas Abertas’, organizado pela Corsan junto a ETE Guarani na terça-feira (03) 2g6n4g

5 de junho de 2025

Na tarde da última terça-feira (03), representantes de rádios, jornais impressos, TVs e canais digitais do Litoral Norte estiveram na Estação de Tratamento de Esgoto Guarani (ETE Guarani), localizada em Capão da Canoa. A ocasião marcou mais uma edição do ‘Portas Abertas’ da Corsan, iniciativa que oferece ações com foco social e aproximação da comunidade. Nesta oportunidade, a ação foi realizada especialmente para a imprensa com o objetivo de apresentar as instalações desta estação da Companhia de Saneamento, além de responder perguntas e detalhar as etapas que garantem o tratamento dos resíduos domésticos coletados em Capão da Canoa. E o jornal A FOLHA esteve presente, através do repórter e editor Guile Rocha (representando Torres na ocasião).

Entre as boas-vindas e o percurso pelos sistemas primário e secundário de tratamento da ETE Guarani, foram mais de duas horas de imersão no universo do saneamento. Acompanhados por técnicos e outros profissionais da Corsan, os representantes da imprensa puderam conhecer as instalações onde são realizados os processos físicos, químicos e biológicos de remoção de impurezas e desinfecção do esgoto – Desde o momento em que o retirado das residências e o tratamento da água residual – etapas que garantem o descarte seguro do efluente tratado no meio ambiente.

A ETE Guarani é a maior do litoral Norte e sua área compreende 27 hectares, sendo 12 hectares de bacias de decantação. Foi uma interessante oportunidade para observar os procedimentos por trás do tratamento de esgoto na mais populosa cidade do Litoral Norte do RS, Capão da Canoa – que tem cerca de 62 mil habitantes, mas chega a aumentar em até 6 vezes sua população no veraneio. Em decorrência dessa sazonalidade, foi destacado que a estrutura da estação tem capacidade de tratamento bem maior do que a efetivamente é utilizada na baixa temporada, garantindo assim que em período de pico populacional (como o Réveillon) a população que lota as praias seja bem atendida (situação semelhante a que ocorre no tratamento em Torres)

 

Qualidade, segurança e inovação nos processos

O objetivo das Estações de Tratamento (ETE) é remover impurezas e poluentes do esgoto recolhido, para que, após, seja lançado de volta no ambiente (rios e lagoas) com a maior qualidade possível. Este processo envolve várias etapas, como gradeamento, desarenagem, tratamento biológico, decantação e desinfecção. O efluente tratado é lançado nas lagoas de decantação.

Durante a visita pela ETE Guarani, o supervisor de Operações da estação, Carlos Zanotta, explicou em detalhes o sistema de tratamento utilizado pela Companhia e observou a importância dos investimentos em tecnologia e novos processos. “Os sistemas de saneamento são complexos, com redes de distribuição que podem se estender por dezenas de quilômetros, suscetíveis às peculiaridades locais. Em conformidade com as diretrizes legais que regem o setor, a Corsan otimiza o tratamento com soluções seguras, criativas e inovadoras”, disse Zanotta. A estação Guarani tem capacidade para processar 256 litros de resíduos por segundo e atende atualmente Capão da Canoa e parte de Capão Novo.

O supervisor da estação também falou sobre o rigor nos processos, os parâmetros de análises e monitoramentos diários e a constante preocupação da Corsan com a saúde pública e o meio ambiente, enquanto apresentava o funcionamento da ETE Guarani. “A Companhia investe em profissionais capacitados e novas tecnologias que agregam performance e potencializam os processos convencionais, entregando segurança e qualidade nos serviços prestados”, enfatizou.

Os profissionais dos meios de comunicação de Torres, Capão da Canoa, Tramandaí, Imbé e Osório expam as suas considerações e dúvidas, em um importante diálogo com as equipes Técnica, Operacional, Institucional, de Responsabilidade Social e Comunicação da Corsan. E finalizando, para demonstrar o resultado do processo, foram coletadas amostras do esgoto bruto (cinza, espesso, cheio de partículas) – que após 18 horas de diversos processos resulta no efluente tratado (incolor), o qual será devolvido a natureza.

FOTO – A esquerda o Afluente (esgoto bruto) e a direita o Efluente (esgoto tratado)

 

Desafios pela universalização

Conforme foi reforçado durante o Portas Abertas, todos os projetos da Corsan – tanto para abastecimento de água como para coleta e tratamento de esgoto – estão direcionados à universalização do saneamento básico (previsto pelo Marco Legal do Saneamento, estabelecido por lei federal). Este prevê que, até 2033, 99% da população deverá ter o à água potável e 90%, à coleta e ao tratamento de esgoto. Para alcançar esta meta nos 317 municípios que atende no Rio Grande do Sul, a Corsan planeja investir R$ 1,5 bilhão por ano até lá.

E o desafio é grande: no Litoral Norte gaúcho, por exemplo, existem diversas cidades que estão apenas iniciando os projetos de esgotamento sanitário – e outras que irão precisar iniciar o processo do zero (inclusive municípios importantes como Arroio do Sal) “Para que o ciclo do saneamento se complete e possamos acompanhar o crescimento demográfico nos municípios, Estado e país, temos que implantar, de maneira absoluta, os modelos eficientes de coleta e tratamento de esgoto, os quais nos permitem evoluir preservando o meio ambiente de forma sustentável”, considerou o gerente de Relações Institucionais da Corsan, Luciano Brandão, durante o evento. “Estamos falando em assentamento de redes para coleta, implantação de sistemas de bombeamento, estações de tratamento e, então, a dispensa para o recurso hídrico”, explicou.

Brandão enfatizou ainda aos jornalistas que é essencial que a população entenda que o sistema de fossa, filtro e sumidouro – alternativa para locais que não possuem esgotamento sanitário –  deve ceder espaço ao tratamento de efluentes realizado nas estações, com base na tecnologia, ciência e políticas públicas regulatórias. “Se cada um fizer a sua parte: o município que concede; a empresa que dispõe da estrutura e do serviço de qualidade e a população que conecta, conseguiremos avançar nos índices de saúde pública, qualidade de vida e desenvolvimento sustentável das comunidades”, concluiu.

 

Conheça as etapas do tratamento de esgoto na ETE Guarani:

– Gradeamento: Elimina detritos grandes, que podem entupir os sistemas.

– Desarenação: Remove sedimentos pesados, como areia e cascalho.

– Tratamento biológico: Decompõe a matéria orgânica utilizando microorganismos.

– Decantação: Separa os sólidos da fase líquida.

– Descarte: O efluente tratado é devolvido ao meio ambiente.

– Destino do lodo residual: É destinado para a produção de adubo orgânico, minimizando os impactos ambientais.

 

*Com informações de Comunicação Corsan

 


Publicado em: Saúde






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